# PARDIEIRO
A pensão da Lordes ficava no morro.
Com quartos grandes pequenos e miúdos.
Vivendo gente pobre, paupérrima e miserável,
na verdade por la dava mesmo de tudo.
Umas donas se ajeitavam pra ir pro comercio,
Um baixinho desce com um colchao no lombo.
Despejado por nao pagar o quarto pra Lordes,
e ela descobriu ante de levar dele um tombo.
Um perdulario pilantra batia de porta em porta,
pedindo dinheiro dizendo que morreu a avo.
Da forma que tinha morrido o pai a mae e uma tia.
mentia e morava no ultimo quarto onde vivia so.
A policia subia o beco no trote serrado,
atras de uns malandros, alvoraçava a viela.
Dando cacetadas em tudo que era porta.
Sentindo o silencio que havia atras delas.
Um nortista segurava uma toalha de fora,
perto de um banheiro atras de uma moca.
Era fila. Pois la dentro um paulista assoviava,
calmo jogando sem pressa o barro na louca.
Quando o sol desmaiava atras do abacateiro.
Devolvia o alvoroço do trabalhador voltando.
o Zim do outro lado abria a bitaca encardida.
Esperando a turma da madrugada ir chegando.