Pela noite!

Correm os olhos como se a procura alcançasse,

Mas fugidia, nas sombras bem se esconde,

O olho pisca, mas percebe aquilo que passa,

Bem debaixo do queixo, formas escorregadias,

Nada adiantou tantas libações, todas ineptas,

Falharam os desejos, as vontades, os planos,

Lamentavelmente, tudo escorre com a água,

Mais lamentos por tantas esperas sem fim,

Espurgos de tempo tomado a força por vezes,

Sobrepondo todos parâmetros estabelecidos,

Papéis para o cesto junto com todas essas lágrimas,

O caminho prossegue, talvez algum sinal venha,

A sorte deixe de ser um pouco madrasta também,

O peso das sobras que serão carregadas além,

Gostos amargos que demoram a sair da garganta,

Atos dominantes, exageros dominados, fugas,

Tantas verdades escondidas em quaisquer dobras,

Fumaças partidas que se esvaem pela janela,

Mesmo o retorno esperado, entorpece as vias,

Os olhos migram com a solidão!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 22/03/2007
Reeditado em 23/03/2007
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