Pela noite!
Correm os olhos como se a procura alcançasse,
Mas fugidia, nas sombras bem se esconde,
O olho pisca, mas percebe aquilo que passa,
Bem debaixo do queixo, formas escorregadias,
Nada adiantou tantas libações, todas ineptas,
Falharam os desejos, as vontades, os planos,
Lamentavelmente, tudo escorre com a água,
Mais lamentos por tantas esperas sem fim,
Espurgos de tempo tomado a força por vezes,
Sobrepondo todos parâmetros estabelecidos,
Papéis para o cesto junto com todas essas lágrimas,
O caminho prossegue, talvez algum sinal venha,
A sorte deixe de ser um pouco madrasta também,
O peso das sobras que serão carregadas além,
Gostos amargos que demoram a sair da garganta,
Atos dominantes, exageros dominados, fugas,
Tantas verdades escondidas em quaisquer dobras,
Fumaças partidas que se esvaem pela janela,
Mesmo o retorno esperado, entorpece as vias,
Os olhos migram com a solidão!
Peixão89