O NÓ DE NÓS

O difícil desate do nó.
Esse desatar dá até dó de pensar.
Como fizestes para conseguir atar.
O que parecia tão difícil de juntar.
E agora esse nó a maltratar.
Tudo que antes sem nó parecia por completar.
Que poderá ter desgastado esse nó?
Ou será apenas inabilidade mesmo de desatar o nó?
Ou será pura preguiça de mudar, esse teus olhos fujões
Tal qual lampiões não param de me revelar
Que essa falta de tato para desatar o nó
É apenas a maneira de revelar que eu era a bengala de um cego
Que era cego somente pelo fato de se recusar a enxergar.


Zarondy, Zaymond. Verbos, verbetes, verborragias. São Paulo: Grupo Editorial Beco dos Poetas & Escritores Ltda., 2017.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 29/03/2013
Reeditado em 14/04/2017
Código do texto: T4214058
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