o seio que vejo

o seio que ainda tenho é o seio de onde

venho. seio agreste e encanado,

que me habita nos ossos e na carne,

o seio que me traz candura, mas que

castiga e me tritura, quando longe,

me da saudade, e quando perto me

tortura. o seio que quero, o seio que

fujo, o seio que brilha, o seio que é sujo,

que não se define com certeza, e não

lhe existe em esfera outra beleza , que

não seja essa de senti-lo, sem precisar

o que o seja...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 29/03/2013
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