FIM DE NOITE NO RISO DA FELICIDADE
(Sócrates Di Lima)

O silêncio ecoa lá fora,
Mudo o tempo zomba de mim,
Os ecos tristes pus porta a fora,
Não há lugar para tristeza, estas também pus fim.

Não criei um coração para chorar,
Mas, uma alma para sorrir,
Criei um travesseiro para sonhar,
E viver o sonho que há por vir.

Todo homem é livre,
Tem o direito de ir e vir,
E por mais que uma alma cative,
Sempre há doçura em seu porvir.

Fim de noite, mais um dia,
Onde a vida rebrota e ansia,
Amar é a mais doce magia,
Que espero brotar como brota a poesia.

E se meu coração caminha e descaminha,
E as vezes minha alma voa,
É porque prescinde de estar sozinha,
E, porquanto, a poesia entoa.

Gosto de ver o sorriso chegar,
Nas palavras de quem me curte,
Nas verdades que nunca hão de cessar,
E na sinceridade que uma alma incute.

E se falam de mim pelas costas em segredo,
Em bocas malditas de interesses escusos,
Desejo que a lingua que manipula os dedos,
Sejam amaldiçoadas nas almas desses intrusos.

Quem dá ouvidos à maldade alheia,
Não há porque manter um questionamento,
No quebrar da confiança que chateia,
Fecho minhas páginas e sigo meu  pensamento.

Nada me importa e nem me fere a lâmina torta,
Só prejudica e fere quem a ela aceita, enfim,
Para mim, quem assim se porta, não passa na minha porta,
Desprezo como uma vergonha humana quem age assim.



 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 29/03/2013
Reeditado em 29/03/2013
Código do texto: T4212951
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