FIM DE NOITE NO RISO DA FELICIDADE
(Sócrates Di Lima)
O silêncio ecoa lá fora,
Mudo o tempo zomba de mim,
Os ecos tristes pus porta a fora,
Não há lugar para tristeza, estas também pus fim.
Não criei um coração para chorar,
Mas, uma alma para sorrir,
Criei um travesseiro para sonhar,
E viver o sonho que há por vir.
Todo homem é livre,
Tem o direito de ir e vir,
E por mais que uma alma cative,
Sempre há doçura em seu porvir.
Fim de noite, mais um dia,
Onde a vida rebrota e ansia,
Amar é a mais doce magia,
Que espero brotar como brota a poesia.
E se meu coração caminha e descaminha,
E as vezes minha alma voa,
É porque prescinde de estar sozinha,
E, porquanto, a poesia entoa.
Gosto de ver o sorriso chegar,
Nas palavras de quem me curte,
Nas verdades que nunca hão de cessar,
E na sinceridade que uma alma incute.
E se falam de mim pelas costas em segredo,
Em bocas malditas de interesses escusos,
Desejo que a lingua que manipula os dedos,
Sejam amaldiçoadas nas almas desses intrusos.
Quem dá ouvidos à maldade alheia,
Não há porque manter um questionamento,
No quebrar da confiança que chateia,
Fecho minhas páginas e sigo meu pensamento.
Nada me importa e nem me fere a lâmina torta,
Só prejudica e fere quem a ela aceita, enfim,
Para mim, quem assim se porta, não passa na minha porta,
Desprezo como uma vergonha humana quem age assim.