ARAR A TERRA

Queria corromper-te em flerte nas gramas...
E nos deslizarmos em tapetes de flores...
Mas, tenha calma, pois meu silêncio prepara...
Vou arar a terra e depois vem o plantio...

Como águas de rio que corre e não cessa...
Então desta espera... o delinear das rosas...
E os ventos atentos as seivas e chuvas...
E as uvas tão roxas calarão nossas bocas...

Preciso repintar meu céu, outra mão de anis...
E passar verniz no meu barco do amor...
Buscar a flor onde realmente tem flor...
E dar cor na minha aquarela e minha janela...

Mas, tenha calma, pois meu silencio prepara...
A cor do cenário e o canto do canário...
Alma do Poeta Azul
Enviado por Alma do Poeta Azul em 28/03/2013
Reeditado em 28/03/2013
Código do texto: T4212773
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