PORTEIRA DO TEMPO
Abrem-se as cortinas
De um palco imaginário,
Nele um cenário de estradas,
Paisagens, montanhas, riachos...
Um cenário, se real, colorido;
Imaginário, todo em branco e preto.
Ali cambaleia sem destino um palhaço,
Num contracenar com a própria vida.
Ao longe na estrada, uma porteira,
Que vai além da imaginação,
Onde existe uma fonte de águas cristalinas,
Um manancial, reflexo de sonhos adormecidos.
Momento em que o palhaço se esbalda, rejuvenesce,
Como se fosse uma fonte da juventude,
Pra depois retornar, transpondo a porteira, do tempo,
Para se tornar novamente um mortal
Em busca do colorido da vida,
Naquele seu cenário sem cor.