Olhos verde oliva...
Vida... Surpresas eternas surpresas...
Vagando entre pedras raras, raro achei um lírio em meio a fósseis.
De socráticos apelos pelo belo definir... Se faz sorrir!
O dourado a doar-lhes ao olhar a luminosidade,
Estampada em olhos de uma cor só natural para o que possui,
Para alheios, ténue, intensa, vesperal, como cedros...
Que desnudam seus galhos e se vestem com o tom do outono, lindo, fatal!
Efeito do ouro no fundo azul celeste, impactando o desatento espectador
Olhar que prende e seduz... Que o narciso traduz!
Transportando os meus olhos atentos,
A teus olhos sedentos de novidade...
E a maturidade, dar-me a perceber
O deslumbrar pela tenra idade...
Pois dos dourados olhos floresce,
A vitalidade de caçador adormecido...
Desperto pelo cheiro juvenil, pelo frescor pueril.
Que emanam dos corpos na mocidade
E dos lábios, pura malícia destila,
Como rajadas de brisa
A alçar-se a ouvidos almejados.
Palavras de um agridoce gosto, paladar bem posto
Em cada frase dita, com infinita medida para encantar...
Aproximar, divertir, instigar...
Dai surgem às flores e cores, da troca de nosso olhar...
O teu em direção ao alheio
O meu, na beleza brilhante, no tom do fruto
Da árvore pela deusa presenteada
Verde oliva, com douradas rajadas....
Num fundo contornado por veludo negro
Cor acentuada e que ensina,
O quadro belo que pode guardar a memória
De uma simples retina...
No caso a minha!