ASAS DE PAPEL
Não vou carregar suas frustrações, seus medos, seus impulsos e devaneios. Não vou carrega nas asas da minha liberdade o peso dos seus julgamentos. Não! Não poderás colocar a baixo a luta de anos de uma vida... Mesmo que minhas asas sejam de papel crepom, mesmo que meus sonhos sejam apenas sonhos, mas eles são meus. Não vou carregar peso. Já bastam as culpas que fizeram a gente absorver na jornada da vida. Não carrego mais a dor dos outros. Muito menos os delírios de quem não se supera. Agora eu carrego o meu corpo, a minha verdade, e sobre o meu espírito a tentativa de ser plenamente feliz.
Lucinda Frota Alves