A POÉTICA DA LOUCURA

Não me venham com prosa.

Que engulam qualquer sintaxe pretendida.

Não me subordino as suas orações

bem coordenadas

aos seus períodos longos

tão enfadonhos quanto

qualquer final de casamento.

Quero poder correr de braços abertos

cabelos ao vento sem

tropeçar em pontuação.

Poder vomitar toda a minha insanidade

em metáforas geradas em manicômios

nascedouros de anjos caídos

e poetas loucos.

Iris Rago
Enviado por Iris Rago em 27/03/2013
Reeditado em 27/03/2013
Código do texto: T4210538
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