A POÉTICA DA LOUCURA
Não me venham com prosa.
Que engulam qualquer sintaxe pretendida.
Não me subordino as suas orações
bem coordenadas
aos seus períodos longos
tão enfadonhos quanto
qualquer final de casamento.
Quero poder correr de braços abertos
cabelos ao vento sem
tropeçar em pontuação.
Poder vomitar toda a minha insanidade
em metáforas geradas em manicômios
nascedouros de anjos caídos
e poetas loucos.