Vou indo

Caio, repetidamente,

mudando apenas o ritmo e a direção.

Na dança da vida, a graça me convida a cair

Me leva a conhecer o chão.

E no chão que caio, dele provo o sabor.

E da poeira que seca me suja,

tão seco é o gosto,

resseca a alma, ressinto na dor.

Que seco o gosto, tão sujo!

Não sinto, me exponho.

Pesado levanto, pensando...

Sigo rumo ao novo tropeço

e ao tombo de novo!

Assim eu cresço.

E se não há tropeço que me ensine,

Haverá aquele que não mais cometo.

Com Sem medo eu sigo, tropeço e aprendo.

E se não fosse incerto o caminho?

Como haverei de sabê-lo?

Só sei que sigo, não finjo.

A frente, o destino que enfrento.

Quem sabe além do lamento,

eu chegue aonde vou indo.

(03/03/2011)