DA INDULGÊNCIA DE DEUS:

Vós de voz enferma.

Vós de voz insalubre emergida na teologia.

Embaso meu Deus em tudo que é inato.

Sou ímpio do Deus que me promete o além,

Sou ímpio do Deus dos mártires.

De um Deus coveiro.

Sou ímpio deste Deus que nada é benevolente.

Meu Deus é inato.

Não diz o certo,

Nem pronunciou o errado.

Não prega medo.

Meu Deus é inato.

Por temor há suplica,

Lançou a compaixão mais elevada:

“Não amaldiçoo ninguém, não abençoei ninguém”.

Nunca foi escritor.

Sua palavra sussurra no seio do interno.

Escute-o se puder,

Se for singelo.

Ramon Catarse
Enviado por Ramon Catarse em 27/03/2013
Código do texto: T4210016
Classificação de conteúdo: seguro