ALMA PEREGRINA
Meus olhos acendem
minhas noites peregrinas.
As estrelas estilhaçam
suas filigranas
sob o vitral da abóboda.
Minha alma emborca a taça,
desprega-se do corpo
e evola, solta-se
pelos densos lençóis
de neblina,
fugitiva deambula
pelas retículas do olhar,
selvagem campeia
troteando entre esses cismos,
outeiros, beirais dessas colinas...
Minha alma fugidia,
vagante,
caminha forasteira,
errante,
enquanto a noite
oculta sua nomenclatura.
Fervem as veias,
os terminais,
os ossos crispam-se,
contraem-sedobras do corpo,
essas armaduras...
As teias imprimem
seus lancinantes traços...
Orfeu cinzela
em corda de sangue,
esses finos laços...
Minha alma é apenas
uma ave andarilha,
nestas noites,
de esvoaçantes trilhas,
sob as linhas
que solitárias
cinzelam os escorsos,
deste meu alquebrado corpo,
essa secreta bilha!
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net
www.cordasensivel.blogspot.com
www.abrali.com
Meus olhos acendem
minhas noites peregrinas.
As estrelas estilhaçam
suas filigranas
sob o vitral da abóboda.
Minha alma emborca a taça,
desprega-se do corpo
e evola, solta-se
pelos densos lençóis
de neblina,
fugitiva deambula
pelas retículas do olhar,
selvagem campeia
troteando entre esses cismos,
outeiros, beirais dessas colinas...
Minha alma fugidia,
vagante,
caminha forasteira,
errante,
enquanto a noite
oculta sua nomenclatura.
Fervem as veias,
os terminais,
os ossos crispam-se,
contraem-sedobras do corpo,
essas armaduras...
As teias imprimem
seus lancinantes traços...
Orfeu cinzela
em corda de sangue,
esses finos laços...
Minha alma é apenas
uma ave andarilha,
nestas noites,
de esvoaçantes trilhas,
sob as linhas
que solitárias
cinzelam os escorsos,
deste meu alquebrado corpo,
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