A Pedra Filosofal

Do sangue que escorre

do veio da terra em eflúvios

recolho a alma do chumbo

que é o limbo da modificação

e lanço junto ao sal das eras

em cadinhos de orvalhos raros

colhidos das soterradas ruínas

que guardam os manuscritos

que é mito ou é o espírito irreal

que é o mal que se esvai e o ouro

é o tesouro da senda robusta

do iniciado que em peleja é lançado

e surte demasiado essa sublimação

que é justa e é a busca certeira

que de sobremaneira degola

os laços nefastos da terra que encerra

e aprisiona em sua redoma

aqueles que em corpos espessos

vivem pelo desregrado avesso

e dispensam os auspícios do sutil

e o buril é de algoz manuseio

onde o alquimista maneja a certeza

de sua realeza oculta sem culpa

nem laços mundanos só luz sideral

lançada das profundezas lustrosas

entre a cruz e a rosa da verdade

que possuí o segredo da eternidade

transmutada no elixir da pedra filosofal.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 27/03/2013
Código do texto: T4209767
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