Versos Inadequados

Sandices inóspitas inadequadas

de uma estrela tola vagante

que cansada orbita sem parada

espalhando poeira de gente errante.

Velhos cacos cósmicos desvirginados

pelas carícias meteóricas pragmáticas

que geram filhas e filhos alados

que parem anjos caídos inanimados.

E da poesia-ácida-explosiva

átomos desintegrados de uma cerveja

noturna em uma roda de alegações conclusivas

sobre o penúltimo bocejar do último sol.

E lá vai... E lá vem... O crepúsculo da aurora

que sem demora desorvalha minhas pétalas caídas

e de sobreaviso desnuda os caules da vida

calando num espaço vazio as vozes do amanhecer.

Já não quero algures novamente renascer

só quero passear por essas vias siderais

e espalhar com alguns versos as chaves do nunca mais

ou quem sabe implodir minhas partículas numa velha supernova.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 27/03/2013
Código do texto: T4209764
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