Versos Inadequados
Sandices inóspitas inadequadas
de uma estrela tola vagante
que cansada orbita sem parada
espalhando poeira de gente errante.
Velhos cacos cósmicos desvirginados
pelas carícias meteóricas pragmáticas
que geram filhas e filhos alados
que parem anjos caídos inanimados.
E da poesia-ácida-explosiva
átomos desintegrados de uma cerveja
noturna em uma roda de alegações conclusivas
sobre o penúltimo bocejar do último sol.
E lá vai... E lá vem... O crepúsculo da aurora
que sem demora desorvalha minhas pétalas caídas
e de sobreaviso desnuda os caules da vida
calando num espaço vazio as vozes do amanhecer.
Já não quero algures novamente renascer
só quero passear por essas vias siderais
e espalhar com alguns versos as chaves do nunca mais
ou quem sabe implodir minhas partículas numa velha supernova.