Cá estou aos cinquenta e dois
Aos cinquenta e dois
E sem deixar pra depois
Micro na minha frente
Mouse do lado direito
Taça de vinho do lado esquerdo
Me sentindo poeta...
Fazendo poemas discretos
Buscando lirismo onde consigo
Tentando ser parnasiano
Dentro do meu perfil suburbano.
Do romantismo carrego um coração
Que sangra sobre os teclados
Gelados e sem emoção
E no silêncio da noite
Às vésperas dos meus cinquenta e três
Tento tudo outra vez...