A OLHO NU
A olho nu, vejo as engrenagens do relógio e perco o tempo
Nele marcado entre peças denteadas.
Retirado o mostrador, procuro dados sugestivos
Das horas de penúria humana.
Há felizes intervalos de paralisação de vida
Nos ponteiros de valiosa história.
No mecanismo trêmulo da antiga máquina,
Misturo o tremor cansado e o temor dos minutos passados.