Face de contas

Não faço de conta

se com algo me descontento

se não tem alegria

eu invento

E nem acredito em vento

se não embolar os meus cabelos

tampouco creio em arrepio

antes do erriçar dos pêlos

Se você quer

pode

e não age

não me diga que não é covarde

Se você sente tanto o que não fala

tente saber

qual emoção

que te entala

Ah! Eu também não acredito em chuva

que não molha por dentro

se é verdade que você me quer

não acredite que vai me comover

com teu lamento

que pra santa ou perdida

jamais tive talento

Se você me quer

que venha me buscar

porque eu não me deixo

levar pelo vento!

Pode até trazer teu medo

(também tenho medo

e não me esquento

olho pra ele nos olhos,

e,se me decido

parto pra dentro)

antes de vir

olhe - o nos olhos

o enfrente

porque eu só posso amar

um medroso que seja valente!

Bárbara luiza Magalhães
Enviado por Bárbara luiza Magalhães em 26/03/2013
Reeditado em 13/01/2017
Código do texto: T4208288
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