contra-prova
ela vivia presa num castelo
de pólvora
e tudo que falava era: essa vida
é uma merda! e eu, que compartilhava
do mesmo sonho, sonhava feliz e aquilo
me bastava!
Seus peitos brancos e rosados
sua pele lenta, seus poros afiados
suas palavras, mesmo sem sentido
era dessa dor, uma contra-prova;
que me dizia a todo tempo: que nossa
vida era boa, profunda e sonora
e sua boca e suas coxas, sua xoxota
bonita, que me mordia todo; deixavam
suas marcas: ser seu amante era gostoso