contra-prova

ela vivia presa num castelo

de pólvora

e tudo que falava era: essa vida

é uma merda! e eu, que compartilhava

do mesmo sonho, sonhava feliz e aquilo

me bastava!

Seus peitos brancos e rosados

sua pele lenta, seus poros afiados

suas palavras, mesmo sem sentido

era dessa dor, uma contra-prova;

que me dizia a todo tempo: que nossa

vida era boa, profunda e sonora

e sua boca e suas coxas, sua xoxota

bonita, que me mordia todo; deixavam

suas marcas: ser seu amante era gostoso

Alex Ferraz Poti
Enviado por Alex Ferraz Poti em 25/03/2013
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