deixei-os ao mar
deixei-os ao mar
desabotoei os anos que em mim
se arrastavam; deixei-os á beira
das águas , sentados na areia,
dei-lhes olhos o bastante, deixei-os
ao sol , soberanos;
e quando eu já estava longe, as ondas me veio
ao pensamento, sabia que a qualquer instante,
quando do mar se emanciparem,
limpariam-nos dos sentimentos
e os anos, antes presos, as galerias de veneno:
sairia galopando, como cavalo caribenho
galope! , galope! , galope
galope! , galope! , galope
galope! , galope! , galope
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desabotoei os anos que em mim
se arrastavam; deixei-os á beira
das águas , sentandos na areia,
dei-lhes olhos o bastante, deixei-os
ao vento, soberanos; e quando eu já estava
longe, as ondas me veio ao pensamento,
sabia que a qualquer instante, quando da maré
se emanciparem, limpariam-os dos sentimentos,
e os anos, antes presos: alegria e alegria