AS MARITACAS
No beiral da casa dos que ainda dormem,
As maritacas já iniciaram seu dia.
Na tênue luz do sol que, preguiçosamente,
Boceja na manhã de inverno,
Elas brincam barulhentas.
Umas, riscam o espaço azul com seu verde da esperança;
Outras, acaricciam seus parceiros e filhinhos;
Outras ainda, pousadas, só gritam!
O espetáculo é lindo!
A visão que nos oferecem é encantamento para os olhos!
Nem o sol que ainda não chegou direito para aquecer,
Nem o frio da manhã que desperta encolhida,
Nem os passantes que começam a transitar pelas calçadas,
Nem os pombos que às vezes vêm disputar um lugar ao sol,
Nada, nada lhes rouba a alegria de viver!
Quem dera fôssemos assim!
Quem dera que nada, nada nos afastasse do amor de Deus!