Uns cá, outros lá.
Tem gente tão grande
que não sabe quão grande é
e fica rasteiro
num canto de mesa
sentado à beira
à espera
deita e rola
gargalha com a boca cheia de dentes
e espera a morte chegar.
Tem gente tão pequena
que sabe quão pequena é
mas se engrandece
sobe-sobe jamais desce
nunca senta
afasta-se da beira
quer bailar até o mundo findar.
Uns cá
outros lá
uns vivem vivendo
outrora uns vivem morrendo.
Uns grandes
uns pequenos
uns cheios de tempo
de não se limitar.