Âncora

Guardo o amor no peito de uma garça

Visto a roupa de andar normal

Calço os sapatos de pisar a alma

Coloco um batom para me esconder do espelho

E acredito firmemente

No cisco de esperança na superfície do mar

Do mar que de coisa alguma sabe

E perverto o cérebro

Engano-o dizendo que os ferros da âncora

São os braços do marinheiro