um ponte, duas margen, um medo
o tempo me urde
e me tempera no
calabouço dele mesmo
sintentiza a solidão
em arpão e beleza
o tempo sou eu
quando sinto e quando
morro: é a vida que,
embora, doída
é tambem do amor
lugar celeiro;
uma ponte duas
margens uma que
fascina outra que maltrata
eu na ponte, no cismar
do desejo , pedido mais
alegria, que não vem
pois se estou na ponte
é porque tenho medo