um ponte, duas margen, um medo

o tempo me urde

e me tempera no

calabouço dele mesmo

sintentiza a solidão

em arpão e beleza

o tempo sou eu

quando sinto e quando

morro: é a vida que,

embora, doída

é tambem do amor

lugar celeiro;

uma ponte duas

margens uma que

fascina outra que maltrata

eu na ponte, no cismar

do desejo , pedido mais

alegria, que não vem

pois se estou na ponte

é porque tenho medo

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 24/03/2013
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