No encalço das cores
Olho distante o por do sol
e a fuga ordenada das cores no céu,
enfileiradas em degradê,
correndo atrás dele
pra não serem engolidas pela noite.
E o rei não espera ninguém!
Segue indiferente ao desespero das cores.
Talvez nunca olhou pra trás,
Talvez nunca notou a beleza da fuga.
Pobres súditas desprezadas!
... E noite segue no encalço
devorando as cores destruídas.
Eu entendo a distração.
O medo, às vezes, encanta!
E entendo o medo das cores.
Não posso fugir!
Todas as noites me engolem.