DOCE VENENO.
Como sempre,
adoro as coisas
que esse português escreve.
Para me comoverem mais que as dele,
ó amor sereno,
somente as tuas letrinhas
e o teu veneno...
As dele eu compreendo
e acho bonitas, mas tão distantes...
As tuas, escritas em fel e sangue,
e doces...
Nem sei porque as adoro tanto,
se tanto me faltam e ferem...
As letras dele,
em português correto,
suspiros d´alma, prata,...
cheias de graça.
As tuas,
em português espanto,
cheias de afeto...
As tuas faltaram hoje,
e aqui reclamo.
Aquelas... Aquelas novas...
fora dos dicionários.
Não quero trovas,
piados frios do ouro literário...
- Só arrepio quando me escreves:
- te amo...