Acalanto
de lanhos
nas costas
tantos
que mãe cuidou
de me ingressar
em aula de canto
e violão
Disse:
- toca e grita o que for!
que era pra noite
deixar silêncio
que era pra noite
não deixar
doer nada em mim
mas era em dia
o canto
e o violão
e a voz não saía
- vampira
violão
só em lua
- transformação
e mãe chorava
por mim
a dor
que eu nem mais sabia
que mudo
quase cantava
que cego
quase alegria:
- Mãe, mãe, mãe
chora não
que palma de mão
nenhuma
cala
a música da alma
depois dormia