Película

Formam-se mundos, a solidão agreste

farfalha os carbonos do inteiro,

e aquilo que não-é, se torna cheio

daquilo que se põe nas duas vestes.

Eis o tinteiro, o verso, esse primeiro

asseste o grão de pólen que asseste

a forma que o final luze o luzeiro

ao tudo que já-é e não puseste

nos veios do sentir, bilhões, bilhões

dos mitos todos, de todas as nações

aos ritmos azuis dos algoritmos

formam-se mundos, ziguezague agreste

da mônada final, o seu cruzeiro

rubra a rosa no chão do cosmo inteiro.