SONETO IMPRÓPRIO (4)



   Dança o azul em oníricas ondas
  onde  o mar é azul a terra  também é
  mística luz solfeja além das sondas
  dançam os golfinhos no umbral da fé



 Natureza inviolável à compreensão humana
 esse movimento da luz que tudo recria
 e orbita no altar da ironia profana
 mas nos olhos da alma  extasia
 

 Os golfinhos no mar azul  dançam
no breu da noite refulgem  faíscas
são  estrelas que voejam além das priscas


Da mente insana que não crê
dançam os golfinhos no mar azul
ao olho do cego que não vê