tornei-me um deus
Tornei-me um deus e sobre as águas agora
eu danço: e reparto entre os mitos minha fome e meu
desencanto; Sou um deus errado, desses que sofre por amor...
um deus longe de casa, ingrato, impuro e em muitos lugares
uma jarro ou apenas um retrato
teu corpo, em lembranças, me alucina
e dele extraio vinho e perdão...queria-o ao
meu lado, maltrátá-lo , queimá-lo, tornar-me
uma brasa sobre teus seios, te afogar na água
até que a morte lhe traria um suspiro final
e eu eu traria de volta ( mais veloz que a morte)
mais lúcida, mais clara,
e cheio de clemência teu coração trincava e teu
olhos pousariam nos meus. e meu ádio também
seria tua comida e tua casa
para sair dos campos
da vida infanta , dos
anos impestuosos, das guerras,
do generais idiotas...da estupidez
inscrita nos olhos dos homens
pra ficar limpo pra ficar bonito
para que meu amor se tornasse
uma guerra, pra que do meu
corpo não morasse nada mais
além de fogo e tempestade;
eu passaria pela porta e mataria
o cão de três cabeças que
protege de nós, deuses em
ascenção , o rasgo que no
tempo nos faria profano.
e ambaixo do sol e da chuva
aos olhos de satanás ou de qualquer
criatura inventada,
a nossa vida seria um ato,