SE EU MORRER AMANHÃ
(Sócrates Di Lima)
Se o seu sorriso for meu,
Sorrirei por toda uma vida,
Se o seu olhar me conheceu,
Minha iris lhe será oferecida.
E se o seu amor meu for,
Nos seus sonhos me acalentar,
Você na minha vida eu quero por,
Para me fazer reaprender a amar.
Se as suas palavras me forem bem ditas,
Se a sua boca me for beijada,
Se as suas vontades me forem infinitas,
Eu por certo lhe terei abençoada.
Se na madrugada resolver me chamar,
E dos meus sonos acordar,
Lhe trarei para os meu braços pra namorar,
E no amanhecer do dia o dia veremos levantar.
E se na sua vida a minha vida penetrar,
E nela fizer moradia,
Noutra vida não quero embarcar,
Nem me deleitar na fantasia.
E se de tudo eu morrer amanhã,
Talvez não faça falta a ninguém,
Mas, a minha saudade lhe trará um divã,
Para fazê-la lembrar que um dia lhe fui alguém.
Se ao longe ouvir um cântico sepulcral,
Não chore....
Deixo o material para o espiritual,
Levarei a saudade comigo, para onde eu more.
Só tem uma coisa, do tipo, assim...
Não quero lágrimas nem incenso,
Nem choro, velas ou compaixão de mim,
Quero apenas que continue me amando no seu silêncio.
Mas, se não puder,
Não chorarei por isto,
Nenhuma mulher,
Guarda luto a vida inteira por isso.
E eu saberei...
De onde estiver, olharei...
E verei,
Que o que fui, no tempo fiquei.
Assim, se eu morrer amanhã, poeta,
Guarde de mim uma doce lembrança,
Que eu levarei sua saudade na certa,
Por nunca na vida ter perdido a esperança.
Agora, se amanhã eu não morrer,
Você está ferrada comigo,
Vou lhe buscar aonde estiver,
E eu serei o seu abrigo.
E assim, se a vida me continuar agraciando,
Eu seguirei o destino que ela me der,
Me levantarei com o Sol e seguirei buscando,
As razões para você ser a minha amiga, amante e mulher.