Trocados!

Não se substitui carícias de uma hora para outra,

A mão não é tão longa assim, basta estender,

Tudo o que se tem agora é um vaso perdido,

Com todas as esperas que ficaram para trás,

Sobram tantas angústias, dores no peito,

Que mesmo por mais terna, a voz embaça,

Embargos de idéias, jogos sinistros com o tempo,

O sentir rolado pela ladeira sem nenhuma direção,

Tudo estava errado desde o começo, é certo,

Nem começar deveria ter começado, mas foi,

Dos olhares travessos, jeitos & trejeitos afeitos,

Preenchendo horas vazias por carícias refletidas,

Ajustes em horários soturnos, tantas vazas sentidas,

Amargas esperas, sempre esperas, esperanças,

Alguns sonhos insanos para novas reflexões,

Nada fiz de cobranças, apenas sugestões,

Mas cobranças recebi, além de impaciências,

Todos os reclamos bem ouvi & paciência tive,

De repente, sobrou uma lata de lixo!

Feito papel amassado, arremessado a distância,

Bate na quina, cai de cara no chão, ralando,

Como sobra, ficam a angústia & a solidão!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 21/03/2007
Reeditado em 23/03/2007
Código do texto: T420107
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