Torpedo

Eu sou do tempo

Do torpedo manuscrito

Valia o que estava escrito

Num pedaço de papel

Hoje tiro meu chapéu

Para o torpedo virtual

Quando a operadora tem sinal

Uma questão de segundo

É informação cruzando o mundo

Chegando ao seu destino

No meu tempo de menino

Tinha disso não

Basta um aparelho na mão

Uma mensagem a compartilhar

Com certeza vai chegar

No destino pretendido

Lápis, papel, caligrafia

Quem imaginou que um dia

Necessário não mais seria

Quem diria

Dos antigos estou falando

A criançada ta nem ligando

Pois nem sabe que existia

Coisa tão antiga

Espero não ter ofendido

Algum velhinho de plantão

Já passou o tempo de pavilhão

Da garçonete transportando em mão

Seu telegrama em segredo

Disso não tenho medo

Também não sinto saudade

Prefiro viver o presente

Sem negar a minha idade

Não quero ser como muita gente

Que vive apegada ao passado

Aos costumes de outrora

Prefiro viver agora

Conectado ao presente

ANTÔNIO RIBEIRO
Enviado por ANTÔNIO RIBEIRO em 21/03/2013
Código do texto: T4201021
Classificação de conteúdo: seguro