Anônimo

O vi ali...

Respeitável senhor;

Dono da selva;

Conhecedor;

Cheio de joias e favor;

Recebia, trocava, falava...

Seguia.

Não se sabe se sonhava,

Mas do lado de fora havia quem o admirasse.

A vida enquanto correnteza ia,

De chuva e de águas tranquilas.

O tempo passou e como tudo muda, mudou.

O prédio caiu,

A noite sob a lua saiu.

O inverno, enfim debruçou-se sobre as flores.

O homem desapareceu.

Mas como por encanto ressurgiu.

Anda pela cidade.

Ora é triste;

Ora é molambento;

Ora não sabe onde estar.

Sem casa e as vezes, sem ar...

Deserta todos os dia a beira mar.

Reclama, reclama,

Mas já não faz nada para mudar.

No meio de muitos é só um comum.

Quem diria...

Antes era o senhor da terra.

Homem que ditava a miséria.

Agora fita o tempo sem saber ao certo onde vai dar.

Olha as coisas da terra apenas como imagem sem adorar.

Ele já só vê a vida passar,

Mas fica emocionado quando vê uma criança a saltar.

Talvez lembre que a vida incia e termina por lá.

Um homem sob a luz, nem lembra que um dia,

Foi o centro das atenções sociais

Nesse instante ele brinca com as ondas do mar,

Deita no chão da praia olhando as estrelas...

Ri da liberdade, que é amar.