FAZENDA SOFRE SEM CHUVA
 
Como dói a falta da chuva na fazenda.
A vegetação sofre, o gado pede socorro.
O proprietário sente a falta dos amigos
Afastados com tantas ocupações.
 
Já não chega a época da vacinação
Para salvar a boiada das doenças,
Que complica a saúde do rebanho.
Saudade atormenta sem as festas costumeiras.
 
A criançada brinca de roda de esconde-esconde.
Alegria pela inocência que reina no coração.
O fazendeiro na solidão, conta com os peões, pois a
Amada teve passagem para o plano superior.
 
Pede-se a São José que não deixe faltar
 Água para molhar a terra e colherem os frutos
 E a pastagem continuar como antes.
Verdadeira capacidade de espera é atitude do dono.
 
Sofredor no amor permite-se ao dono do lugar
Com delicadeza tratar e ordenar nada comentar.
É como se fosse segredo falar na fazenda sem permissão.
 
Pobre coitado do dono que escuta o povo falar
Nas belezas do lugar que no momento preocupa.
Tudo fica diferente quando outro faz companhia
Disfarçando ternura na ilusão de ser amor. 
 
 






 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 21/03/2013
Reeditado em 22/03/2013
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