filho meu
Nasceu no amor
Chorou cada choro de mim
Antes e depois
E sempre, e tanto.
Cresceu nos trancos e barrancos
De quando o reneguei
De quando não lhe soube o pai.
E vai ser sempre de mim
Tão meu
De orgulho ferido
De sorriso escancarado
De amor desmedido
De coração desvairado
Agora anda de vida própria
E quando, mais tarde, eu morrer
Vai continuar falando por mim.
Um poema é um filho que a gente cria.