filho meu

Nasceu no amor

Chorou cada choro de mim

Antes e depois

E sempre, e tanto.

Cresceu nos trancos e barrancos

De quando o reneguei

De quando não lhe soube o pai.

E vai ser sempre de mim

Tão meu

De orgulho ferido

De sorriso escancarado

De amor desmedido

De coração desvairado

Agora anda de vida própria

E quando, mais tarde, eu morrer

Vai continuar falando por mim.

Um poema é um filho que a gente cria.

Adriana Campos K
Enviado por Adriana Campos K em 20/03/2013
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