outra versão

abrir-se

é sábio e acordado

o dia que se

abre diante da dor;

mas tenho uma flor

degenerada que voa

uma palidez na vida

aos olhos dos companheiros;

e ainda guardo os

pratos sujos da última refeição

meus sentidos são aviltados

e não sabe falar de cinismo

sequer de misericórdia

e da vida breve

que me chama a vivê-la

eu me torço todo de

medo

muitas palavras, irmanadas

de queda e vapor me soam

infames...e já não fala de

quem eu sou...

dela já não faço reunião,

ou plataforma, sequer

as ouço...

entretanto, sigo em frente

certo de que o céu é vasto e belo

e que atrás do horizonte as

noites me ampara:

as mesmas noites que

se escondeu embaixo da

cama, nos abandonos, na

falta de coragem

deixo que a noite exista

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 20/03/2013
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