outra versão
abrir-se
é sábio e acordado
o dia que se
abre diante da dor;
mas tenho uma flor
degenerada que voa
uma palidez na vida
aos olhos dos companheiros;
e ainda guardo os
pratos sujos da última refeição
meus sentidos são aviltados
e não sabe falar de cinismo
sequer de misericórdia
e da vida breve
que me chama a vivê-la
eu me torço todo de
medo
muitas palavras, irmanadas
de queda e vapor me soam
infames...e já não fala de
quem eu sou...
dela já não faço reunião,
ou plataforma, sequer
as ouço...
entretanto, sigo em frente
certo de que o céu é vasto e belo
e que atrás do horizonte as
noites me ampara:
as mesmas noites que
se escondeu embaixo da
cama, nos abandonos, na
falta de coragem
deixo que a noite exista