GRADES

Teu olhar me fitava com todo cuidado,

como quem olha um prisioneiro

na solidão de um cárcere privado.

Tua boca inundada de tanto desejo,

imaculada buscava certeiro,

na sofreguidão, o néctar do beijo.

Ali enclausurado também te observava,

eu presidiário da tua beleza,

sempre algemado por tua incerteza.

Mas não havia grade nem corrente,

só olhares intrépidos e a ilusão,

que prende a gente pelo coração.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 19/03/2013
Código do texto: T4197613
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