Sem o óbice
Sem o óbice
Cresço se recebo
um tapa na cara
em perversas palavras
ou num anti-sorriso
de ingratidão.
Só isso me basta,
já é o que preciso
pra saber que vivo
livre de você.
Acordo tangente,
abro o olho
e sinto que existo.
Reajo e cismo,
e não me comovo
aos seus interesses,
e aos meus me recolho.
A vero é triste
e é bom que fique
com as barbas de molho.
Certo, me declino
e me determino,
desato seus nós
saio de seu fosso.
Sem meia verdade,
ao meu bem retorço,
com o mal termino
pra que a luz me valha.
E pra seu conforto
pra fechar sua tara
até lhe ofereço,
o outro lado da cara.