Empirismo Onírico

Nas fórmulas mágicas antigas

reli sobre eras já esquecidas

e pelas frestas da noite a pino

um vento sorrateiro uivava um hino.

Era Medéia chorando seus pecados

ou era Apolo rasgando os céus da Ilíada,

beijando os sonhos abstratos de Homero

que cantava todas as histórias da magia.

Nas fórmulas tão mágicas reli

os sentimentos secretos de Orfeu

o vi os amores proibidos do Camafeu

que sangrou até morrer de amor.

Era Péricles fugindo dos assombros

ou era Hércules ressurgindo dos escombros

de um Panteão de Deuses bizarros

que cantavam seus orgulhos e escárnios.

Nas fórmulas mágicas refiz a minha senda

e trilhei um rabisco de um mundo onírico

galgando os degraus de um desejo empírico

de um homem-anjo-caído estirado no limbo.

Era Colosso sucumbindo ao peso-mundo

ou um barqueiro dos rios do submundo

que carregava almas a preço parco de quimeras

ou apenas poesias gritando uma nova era.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 19/03/2013
Código do texto: T4196744
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