Revoada de Entardecer

No revoar d’um vendaval

capturar palavras novas

e o desfolhar d’um arrebol

que doira o olhar em nuas rosas.

É flor distante atemporal

que escorre em tempo fortuito

na espuma livre de um farol

que guia os rastros nus marítimos.

No revoar d’um temporal

relampejar palavras novas

e no trovão rugido em voz

que anoitece jardins de prosas.

É verso aberto de um infinito

que escapa olhares entardecidos

que escreve estrelas mistificadas

cantando em céus as madrugadas.

No revoar d’um devaneio

destituir da mente insanidade

de um sem começo ou entremeio

que invade o amor de eternidade.

É vasto o campo que ceifa o trigo

que pelas auroras pediu abrigo

aos terremotos bucólicos de uma paixão

que fez descrer sem ter um coração.

No revoar introspecto entardecido

um leve abraço e um ombro amigo

que pranteou cores no horizonte

e irradiou nuances inesquecíveis.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 19/03/2013
Código do texto: T4196741
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