Eu não

Eu quanto ser vivente,

não posso ser tão eloquente

com o meu discurso do não.

Não é possível que tanta gente

procure um mal que lhe perdure,

um maldito senão.

E eu anão, frente ao gigante

incansável, que tanto fez durável

o viver sem razão.

Aí então, só o que posso fazer

é gritar e correr:

Deste sangue jorrado,

deste vinho azedado,

eu jamais vou beber.

Fernando de Sá
Enviado por Fernando de Sá em 18/03/2013
Código do texto: T4196001
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