CHUVA OBSCENA

CHUVA OBSCENA

Agua que é vida

Agua que é morte

Agua que é sorte

Agua que é despedida

Sem agua no nordeste

Com agua no sudeste

Só uma praga é coletiva

Os políticos em comitiva

Quais carcaras no sertão

Ou tubarões no mar

Estão sempre a espreitar

A carniça do povão

Prometem mundos

Prometem fundos

Não passam de imundos

Torpes e nauseabundos

Até quando vão tirar partido

Da pobreza e da ignorância

Do coitado tratado como bandido

Desvalido e sem esperança

Tomara afoguem-se em suas indignidades

Em suas mentiras e inverdades

E que sejam castigados

Aqui na terra como no céu

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 18/03/2013
Código do texto: T4195948
Classificação de conteúdo: seguro