Por Cristo pediu ainda
(dedicado à minha amiga Rosaline)
Não, em nome de Deus, ela pediu clemência
Ao passado perfilado diante de si
Chegou a ouvir-lhe a voz
Sentir-lhe a respiração
Sob a camisa as batidas do coração
Não, por Deus não
Por Cristo pediu ainda
Não aprofundes chagas
Que a dor não finda
E por esse clamor ela não foi atendida
Da face retirou os olhos
Os ouvidos fechou com as asas feridas
De joelhos ela, enfim, vencida, caiu
E pela mãe de todos os homens pediu
Não, nada digas