entre vários

sigo, entre vários que sou

e nessa constelação de homens

desço o rio e uma multidão de

novos lugares e pesadelos me

fala de sua lânguida existência

e eu os recebo e lhes falo também

da cabeceira do rio, dos buracos

profundos, das margens cálidas

das mulheres que habitam pântanos

e desejo...e de como em cada parada

existe morte e beleza

E seus olhos, incrédulos fingem

Acreditar que o meu verbo é

Sonoro e tem peso e tem medida

Que não vem do vento raso, mas

Da corrente, que submersa controla

A vida,

E assim, prossigo, remando ao alto

eu e meu exercito!

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 18/03/2013
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