minha casa é tudo que vejo

Tornar-me sol

E chuva, sentir

A brisa tecida, o canto

Da galo, o dia espirrando

Ou ceifando e não fugir

Da mansão dos mortos

E alegrar-me da

Pedra e da floresta

E me afogar de vida

Seja o riso quente

Ou o pilar retorcido

Eis me vivo,

Poeta e cedro,

cidreira e perfume

Um rio que segue sem lume

Eis me dono do

Verso, eis me dono

Do que escrevo. Eis

Me dono da minha

Terra...

(a poesia é o fogo que acendo

e minha casa é tudo que vejo)

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 18/03/2013
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