A DOR DO POETA

Pobre poeta.

Seu olhar vazio revela

o que o coração decanta,

o gotejar de sua dor em

cada verso preso na garganta.

Maldita seja Sibila

a dilacerar sonhos inquietantes

com seus poemas de sortilégios

amolados no seu filete cortante.

Antes não lhe desse ouvidos.

Guardaria em si

aquela poesia não

sussurrada ao teu ouvido.

O bolero não dançado

à luz da lua.

O vinho não compartilhado contigo...

O que será do poeta

sem sua dor de amar?

Alimento do coração,

ninho de poesias

ávidas por voar.

Iris Rago
Enviado por Iris Rago em 17/03/2013
Reeditado em 19/03/2013
Código do texto: T4193737
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