DE VOLTA A ELAS

Em meio às melodias

Voltamos a escrever,

Demorou – talvez por medo de crer

Que a rima fosse pobre.

Porque a poesia tem de ser nobre,

Sem pretender ser o norte,

Ela tem que ser forte

Se não, perde o encanto,

Sem concluir, mas, portanto

Não escreva sem luz,

Pois qualquer coisa se traduz

Em pouca coisa ou menos

Se a inspiração não temos.

Agora entre valsas e devaneios,

Entre figuras e delírios,

As palavras dizem anseios

Do que já foi natural.

E mais do que mais normal

Tiram o sossego...

Então, falemos de desapegos,

Do tinto vinho no mesmo tom

Das bocas de veludo e batom...

Falemos do medo de ir,

Falemos outras verdades,

Mais sorrisos e menos piedade

Sem pretender concluir.

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 17/03/2013
Código do texto: T4193316
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