Calos

Sempre reclamamos
Dos calos que trazemos
Sejam nos pés ou nas mãos,
Eles tiram nossa animação.

Mas, há um calo mais doído
Do qual quase nunca falamos,
Localizado no coração ferido
Pouco a pouco vai nos matando.

Um coração calejado
Tem medo de amar
Está tão amargurado
Não quer mais se entregar.

É um calo difícil de curar,
Pois fica muito escondido,
Apesar de estar exposto
Nas marcas que trazemos no rosto.

O calo que trago no peito
É fácil de ser arrancado
Pode ser facilmente desfeito
Se por você eu for amada.

Ele é feito de passado
De mágoa e traição
Está muito enraizado
Seu remédio é o perdão.





Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 20/03/2007
Reeditado em 23/04/2012
Código do texto: T419309
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