Nobre Sonho do Escritor
Hora de desligar-me deste mundo
perdoe, mas por hora devo partir
gostaria de manter-me o vagabundo
mas infelizmente, devo ir
Os meus sonhos virão de trabalho
não tenho outros desejos além
meus sonhos não são só cascalho
ha~ha, isso não desejo a ninguém
O que desejo, desejo a amigos
contemporâneos amaldiçoados
embora poetas, sem embargos
sonhos meus são muito caçoados
Seria um nobre sonho motivo de piada
ou uma doença que aflige o escritor
no sofrimento alheio, dar uma caçoada
ou matar aquela terrível e maldita dor
Poetas, escritores, leitores ou ouvintes
minhas nobres palavras são dignas de atenção
neste mundo nada sou, sequer cheguei aos vinte
mas nobre o homem que escuta com coração
O topo do cume já não me interessa
isso, do iceberg, é só uma ponta
quero salvar o mundo dessa pressa
libertar a maldição da conta
Liberar a mente a uma viagem
devaneio de verdade e ilusão
com clareza e sem vadiagem
mudar o mundo sem exclusão
Aos vencedores as batatas
uma máxima outrora dita
não nego ser verdade, Cáspitas!
mas quando esta fora dita?
Quantos outonos não passaram
de quando não havia outra batalha
onde vidas se jogaram
para as chamas da batalha
Os gritos de guerra inda ecoam
por entre os vales abandonados
enquanto homens, malditos, soam
entre cidades, por estes amontoados
Liberdade para o homem!
este sim precisa ter
não acorrente-o a um nome
este não é um ser
Liberdade para a mente
essa é uma parte de meu sonho
para o futuro, planto a semente
mantendo o sonho de meu sonho
Se neste mundo não possa eu ter
que descendentes não padeçam assim
se somente eu tiver que sofrer
sofrerei eu, até meu fim